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Sinopse: Grupos de ativistas libertários espalhados pelo planeta começam a desenvolver capacidades telepáticas. Sem dependerem de máquinas industriais e nem de energia elétrica para se comunicarem, eles começam a realizar atos orquestrados de terrorismo poético com o objetivo de desestabilizar a ordem hipnótica da nossa sociedade de zumbis.
Os telepatas iniciam uma outra sociedade paralela e secreta que se estende por todo o planeta: aonde isso vai parar?

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Este é um projeto lítero-audio-visual que esta lentamente produzindo um longa-metragem nao-linear experimental....
O filme fala sobre grupos de ativistas libertarios que começam a desenvolver capacidades telepaticas.....
Créditos...........: .....................
(((.............Na Praia..............))).......
.............Performers: Cheli Urban , Filipe Espindola, Monica Rizzolli, Erik Thurm, Beatriz Antunes, Fe Giulietti, Juan Silva, Julio Matos, Guilherme Fogagnoli, Fabiane Borges, Samira Br, Rogerio Borovik, Yara Zanvetor, Bruna Guedes, Andrea Molfetta, Lorenzo, Gi Freyberger, Cassia Kalenah........................
.............Citacoes: Trechos do filme "O Golem" de Murnau, Trechos de textos de William Burroughs, Clarice Lispector ...
...............Samplers de Quanta Ladeira/Recife, Coco Raizes do Arcoverde...........
.........Trecho de show de Mestre Salustiano.............................. .........Camera/Direcao/Edicao: Daniel Seda................

(((.............Epidemia..............)))
............Desenhos de................
................Onesto, Valeria Landeros, Cheli Urban, Paulo Ito, Cesar Castro-Rosa.............
.................Agradecimentos: Rogerio Borovik, Samira Br, Jose Luiz Sampaio.............. .............Roteiro/Direcao/Edicao/Som: Daniel Seda...................

(((............Parte 1..........))): ................Performers: Rogerio Borovik, Samira Br, Daniel Seda, Fabiane Borges........... ...........Produção de Arte: Cheli Urban................ ............Camera: Jose Luiz Sampaio ......................... ..................Roteiro/Direcao/Edicao/Som: Daniel Seda........................


Blogs, Flogs e Vlogs pessoais de alguns participantes do Telepatia:
Daniel Seda | José Luiz Sampaio | Erik Thurm | Pauo Ito |
Rogério Borovik | Filipe Espíndola Bruna Guedes| brocolis vhs, aka mariana meloni e leandro

Telepatia - Personagens telep?ticos em busca de um roteiro

Personagens telepA?ticos em busca de um roteiro

20030826

 
(um dia eu fiquei puta mudei de idéia e fui embora. fui embora, deixei tudo e todos, bom todos não, alguns ficaram comigo mas mesmo assim eu fui embora e não tive dúvidas nem tristeza, só abandonei tudo e fui pra não voltar mais. fui)

20030825

 
O Maquina, Zack e K, trabalhando em um projeto: sufocar alguns grandes financistas ativos no mercado com uma avalanche telepática de informações sobre o fluxo de capitais. Tudo isto em um misto de invasão hacker pela web e invasão teleph pela mente. A experiência é verificar como eles se comportam com uma sobrecarga "intuitiva" de informações que lhes interessam. Seriam bombardeados 24 horas por dia, pela web e pela mente com dicas de aplicações razoavelmente seguras sugeridas pelos três em suas buscas nas mentes de outros financistas por todo o mercado global.
Depois de multiplicado seu patrimônio algumas vezes, seriam induzidos a retirar todo o dinheiro em notas e doá-lo pelas ruas. Esse era o plano que envolvia algumas etapas: começando pela dimensão onde o dinheiro é digital e virtual, mera informação, depois sua acumulação a partir do cruzamento de informações preciosas, e depois de acumulado sua materialização em forma de notas e sua pulverização com o inevitável estadalhaço midiático que isso causaria.
Estando as vítimas espalhadas pelo globo, EUA, Europa, Ásia, África e América Latina, a distribuição das notas seria orquestrada de forma simultânea atingindo um certo inconsciente coletivo por sua simultaneade aparentemente aleatória.
"Vamos perturbar essa estabilidade fictícia que as pessoas inventaram. Quem disse que não se pode distribuir dinheiro? E se todos fizessem isso? Porque não começar sugerindo novos hábitos?"

 
(coerência é algo difícil de se encontrar no mundo. seres ora agem de uma forma, ora de outra. abandonam suas idéias por qualquer outra mais atraente.
em um mundo onde a estética comanda, a ética sofre.)

 
(coerência é algo que não se espera encontrar por aqui)

20030823

 
A Doida já estava ficando de saco cheio de ficar naquela praia. A vida alí era legal, mas definitivamente faltava ação. Na noite anterior, fez festa, bebeu, conversou. Sem que soubessem, se despediu de todos. No dia seguinte, ainda de madrugada, gravou uma despedida pra cada um e deixou cada objeto com a mensagem em frente às portas, às barracas de cada um. Depois se foi, em busca de movimento.

 
K não chegou a sair da cidade. Mas entrou em contato com o Maquina pois ambos tiveram simultaneamente a idéia de um aparelho de tradução binário-mental. Isso permitiria aos telephs ler e entender o conteúdo de um cd, hd, dvd e qualquer outro suporte preenchido com códigos binários. Por serem feitos de polímeros baseados em carbono estes suportes poderiam ser impregnados por energia mental mas a informação binária escrita neles por algum computador até então era ilegível para os telephs.

 
(realidade virtual é beijar uma pessoa pensando em outra)

 
(de tal modo vivendo em simbiose com a máquina que me falta que estou me sentindo fisicamente mal)

 
(tudo errado tudo errado , sem meu computador não sou mais ninguém, tudo o que eu preciso fazer está lá e agora estou sem ele, whattafuckingshit! , maldito, maldito, trezentas coisas pra fazer, os prazos correndo e eu sem máquina, me sinto sem um pedaço do cérebro, sem um braço, sem as pernas, toda a energia acumulada pra fazer os trampos está represada em mim, minha ansiedade corre pelo corpo, tensiona os músculos e está chegando a níveis insuportáveis, não consigo fazer mais nada, nem me concentrar em outras coisas, nem trepar, nem nada enquanto isso bebo um pouco, fumo unzinho pra ver se consigo conter toda essa força acumulada, esperando esperando esperando parada)

20030819

 
Acostumado a hackear informações pela rede, quando descobriu que podia fazer o mesmo com pessoas reais resolveu se dedicar totalmente ao desenvolvimento desses contatos multi-dimensionais.

 
Um dia K transitava entre corpos diferentes enquanto ardia em fogo com uma bela e ardente companhia encontrada durante uma noite. Ele prezava a experiência e praticava um sexo multisensorial compartilhando as suas sensações e recolhendo experiências dos outros compondo um tesão espalhado por vários corpos, todos seus também, e um dia em que ele praticava essa espécie de sexo virtual aconteceu algo e ele não conseguia mais voltar: tinha ficado preso por alguns segundos em um corpo de mulher, sensação espantosa.

20030814

 
K também estava lá, só rastreando no escuro, sozinho, ouvindo o som, curtindo o show. Esse rumor de festa é sempre imersivo, o rumor de pensamento que as multidões emitem é composto de tesão, músicas ouvidas na memória, desejos impulsivos, as fantasias que nascem dentro da troca de olhares, o rastro das mãos e unhas brilhantes riscando a desnidade da música, o ar bafejando gente, tudo misturado e diluido em alcool, fumaça e o calor do corpo, os movimentos gerando ondas magnéticas alomerando a multidão pulsando música e no meio disso tudo uma voz pequena, solitária, falando consigo mesma, refletindo a angústia da solidão, ele ouvindo tudo foi rastreando pela pista e começou a dançar do lado dela.

 
O som invade a mente, a menina dança um solo desajeitado, sozinha na multidão, mais sozinha do que qualquer um alí pois nem consegue entrar em sintonia com a música, nem consigo mesma, imagina olhares em volta, tem vontade de ir embora, mas não quer ir sozinha, gostaria de encontrar alguém, na outra noite foi tão bom, ele já veio me olhando, sorrindo, começou a dançar se exibindo pra mim, pulsando junto comigo, meu ritmo, depois as mãos envolvendo, e o beijo, e hoje nada, nem ninguém nem eu mesma, ninguém por perto, estou ficando meio triste na real, não queria ir embora assim, mas parece que não vai rolar mais nada, o show já está acabando, nem uma amiga de verdade nessa balada, tem aquela menina da facul mas ela é meio chata e tem uma voz irritante, está logo alí junto com um povo, será que eu vou lá, putz, fazer social agora vai ser o fim, mas quem sabe não sobra um gatinho pra mim, hmm, não parece que tem ninguém interessante com ela, acho que vou ficar por aqui mesmo ei fingir que estou gostando do show e saio de fininho por alí, droga, por que isso acontece, odeio voltar sozinha pra casa

20030811

 
Yhu também gostou da brincadeira com o "Conector Portátil". Ficou mexendo um tempo, testando o aparelho enquanto eles conversavam. Depois começou a achar meio chato, afinal o aparelhinho só fornecia diagramas em preto e branco, mapas energéticos ligando pontinhos com gráficos serrilhados, nada que fosse muito estimulante pra uma criança. Voltou pro Maquina e falou:"Maquina, porque você não faz um aparelhinho como esse só que pra gravar as imagens que a gente troca...mas assim, um que dê pra ver numa telinha assim como essa, quer dizer, colorida, né?"
O Maquina se surpreendeu:"É tão óbvio, como eu não tinha pensado nisso?"

20030808

 
Uma noite na praia, enquanto bebiam, fumavam, dançavam e conversavam, o Maquina conversava com a Doida e contava para ela as suas experiências e sua mais recente invenção:"O Conector Portátil de Energias Assimétricas".
Quando ela soube da existência do aparelhinho ela pirou. O Nnomade entrou na conversa, eles começaram a planejar suas possíveis utilizações.
Algumas idéias surgiram e eles resolveram testar uma delas. Após uma noite rastreando pessoas em postos chave de grandes empresas, eles tinham uma lista de pessoas a serem atingidas por uma súbita iluminação sobre o rumo de suas próprias vidas. Um questionamento de "como eu vim parar aqui, se eu não era assim?" distribuído em larga escala nos corações e cérebros das maiores empresas do país.
Se ia mudar algo eles não sabiam, mas seria interessante observar os efeitos de mais este terrorismo poético-telepático.

 
Lá na praia o Maquina era o único que não gostava muito de sol. Passava a maior parte do dia entocado na casinha que eles alugaram no vilarejo. Levou sua oficina, seu computador, suas ferramentas, pecinhas, badulaques para lá e o que não pôde levar, improvisava.
Sua pesquisa atual era baseada na afeição que as pessoas desenvolviam por seus computadores. Essa relação energética intensa e retribuída pela máquina era um ótimo campo para seus pensamentos e suas engenhocas. Desenvolveu um aparelho que funcionava conectado a si mesmo. Ao rastrear mentalmente uma pessoa o aparelhinho (feito a partir de um palm) também se conectava à pessoa e registrava para onde, no mundo das máquinas, fluía a energia emocional daquela pessoa. Depois de algumas semanas concluiu que as pessoas tinham um apreço especial pelos seus telefones celulares.

20030806

 
O celular tocou, ela atendeu. Estava ocupadíssima em uma reunião prestes a começar por isso já atendeu dizendo: "desculpe não posso falar agora". Mas em resposta ouviu sua própria voz, ainda adolescente, dizendo: "não, você está enganado...eu vou viver livre e vou conhecer o mundo todo antes de completar os trinta anos, você vai ver só!" Para sua perplexidade lembrou exatamente do momento em que havia dito aquilo, uns treze anos antes. Faria aniversário na próxima semana: trinta anos. E do mundo, nada.

20030804

 
Eis um esboço de como poderia ser este dvd narrativo.
Clique e conheça alguns dos personagens (2,5 Mb, precisa ter o plugin do Flash).
Para navegar passeie o mouse sobre as imagens. Clique nas portas e nos nomes.



breve online de novo, sorry!

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No dia seguinte, mais paciente, conseguiu um contato efetivo. Começou acariciando as pequenas folhinhas com delicadeza. A plantinha continuou igual mas ela começou a enxergar um halo brilhante ao redor. O brilho se irradiava pelas raízes imersas na água que também brilhava. Tudo na planta parecia brilhar.
Uma ponte se fez e a plantinha começou a transmitir para ela toda a grandeza e toda a miséria de ser uma planta. Entendeu como é magnífico e entediante pulsar em sintonia com o ambiente em torno todo o tempo, a vida toda... Os seres humanos se refugiam sempre que podem e fogem para a imaginação, para a memória, para o pensamento. As plantas não, estão sempre ligadas na Realidade, seja lá o que isso seja.
Conforme a conversa ia avançando ela ia se sentindo bem em estar imóvel, apenas respirando, nem lenta e nem rápida, apenas fluindo. Respirava, respirava e sentia a presença da luz. E era feliz por isso. Pequenos insetos começaram a voar em torno dela, pousarem em seu rosto, andar em sua pele, e ela não se incomodou. Estava em sintonia com sua própria respiração e com a plantinha. Quer algo mais feliz do que isso? Bem-estar e uma cumplicidade desinteressada?
Depois de muito tempo, a variação de luz começou a incomodar. Já começava a anoitecer. Havia passado a tarde toda em contato com a planta. Quando a noite chegou estava morrendo de sede.

20030801

 
A vontade seria um facho de luz iluminando as memórias, escolhendo uma ou outra sensação armazenada como base para pôr um filtro que levaria de volta à realidade. Qualquer evento externo, imagem, cheiro ou som, detonando sempre a lembrança de algo que já aconteceu e convertendo de volta em ação...
Mas para as crianças era diferente, pois nelas a construção do mundo ainda não havia se calcificado em memórias. A experiência valia mais do que a memória.

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